segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

POETA MÁRIO RAUL DE MORAES ANDRADE (pequeno resumo/José maria))

   O poeta  Mario Raul de Moraes Andrade, nasceu em 09 de outubro de 1893, em São Paulo. Escreveu o primeiro poema, cantado em 1904, com palavras inventadas. Sentiu vontade de fazer um poema herói-cômico, gostou e gostaram e então ele continuou, as dez anos fez uma poesia cantada que desgostou muito a sua mãe e falava assim, que bobagem é essa meu filho? Ela vinha e ele não conseguia se conter. Tinha a certeza que já era escritor ainda na barriga da mãe. Com a morte do irmão em 1913, teve  uma profunda crise emocional. Com a crise suas mãos se tornaram trêmulas e daí se tornou professor. Diploma-se em piano pelo Conservatório em 1917, quando morre o seu pai. Professor de História da Arte no Conservatório pertenceu a várias entidades sociais, colaborava na Revista Nova de Belo Horizonte e em várias outras. Em 1925 publica A Escrava que não era Isaura, publicava também contos e poemas. Uma diversidade fantástica e com palavras fortes e soltas, livres como o vento soprando as folhas e balançando os seus galhos. De tudo um pouco no modo de falar, “muito”.
Em 1939 criou a Sociedade de Etnologia e Folclore de São Paulo, sendo seu primeiro presidente, em 1942 foi Sócio fundador da Sociedade dos Escritores Brasileiros, em 1942 publica Pequena História da Música.
Coberto de reconhecimentos pelo papel de vanguarda que desempenhou em três décadas, em 25 de fevereiro de 1945, surpreendido por um enfarte do miocárdio, morre na sua casa em São Paulo.  Foi enterrado no Cemitério da Consolação.  Suas cartas conservaram, de regra, a mesma prosa saborosa de suas criações com palavras – um lirismo que, como ele disse, “nascido do subconsciente, acrisolado num pensamento claro ou confuso, cria frases que são versos inteiros, sem prejuízo de medir tantas sílabas, com acentuação determinada”. 

POESIA
Eu sou um escritor difícil 
Que a muita gente enquizila, 
Porém essa culpa é fácil 
De se acabar duma vez: 
É só tirar a cortina 
Que entra luz nesta escurez.
 
 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

BIOGRAFIA DE JOSÉ MARIA DE OLIVEIRA - ARACATI-CEARÁ-BRASIL



1. BIOGRAFIA DE JOSÉ MARIA DE OLIVEIRA - (ARACATI-CE. -  BRASIL)


José Maria de Oliveira nasceu em Barreira dos Vianas, município de Aracati no dia dez de novembro de 1953, filho de Genésio André de Oliveira e Clotilde Oliveira dos Santos; residiu neste distrito durante parte de sua infância e de sua adolescência em Itaiçaba e outra em Aracati, onde cursou a Escola Técnica de Comércio, sendo aceito pelo Diretor da época o Professor Régis Bernardo de Souza (In memórian) e terminou o ensino fundamental no Colégio Marista de Aracati, aprendendo com alguns colegas o gosto pela poesia. É graduado desde setembro de 2004, no curso de Marketing Organizacional pela Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA.    
Além das cidades acima, morou também em Salvador, Natal e Recife, onde estudou e engajou na Comunidade Salesiano com o intuito de ser Padre, em 2001, descobriu não ter aptidão para a sublime vocação, pedindo para se afastar. Viajou pela Europa e Oriente Médio, conheceu de perto a trajetória de Jesus e a cultura daqueles países.
Sempre interessado por arte e cultura, tentou desenvolve-la, porém, isto só foi possível quando foi morar em Fortaleza, já por volta dos anos setenta; sua primeira poesia foi “SAUDADE” lida pelo grande e ilustre poeta, Jader de Carvalho, que sempre o incentivou e o ajudou a trilhar os caminhos poéticos, aconselhando-o a escrever as emoções do coração sem se preocupar muito com a métrica e sim, com a essência.
José Maria de Oliveira englobou todos os gêneros da poesia, tendo sua fase apaixonada na descoberta dos “amores de juventude” ainda em Aracati; sua fase introspectiva por causa da desilusão e das dificuldades impostas pela sociedade e pelo tempo que tende a atropelar sonhos.  (Por último, sua fase reveladora, isto é, a atual, onde vive a poesia e a expressa de maneira simples de forma a revelar os sentimentos mais profundos da alma, através das palavras escritas em seus versos).
Embora tal fase, até o começo do ano de 1977, estivesse escondida, só sendo divulgada quando o mesmo participou da UNIÃO BRASILEIRA DE TROVADORES – UBT (Casa de Juvenal Galeno) que a convite do escritor e Poeta Severino Fernandes Guerra, fez trovas poéticas.
José Maria de Oliveira participou ainda do livro COLETÂNEAS POÉTICAS “Homenagens” da poetisa e escritora renomada, Marinalva Freire (Paraibana) com artigos e livros publicados no Brasil e Exterior, onde escreveu três poemas: Vem, Menina e Ò sol.
Atualmente, participa da UBT, fazendo trovas poéticas, com sede na Academia Cearense de Letras e a partir destes poemas, expressa todos os seus sentimentos e suas paixões pela arte poética.
Outorgado em 2003, com o diploma de mérito cultural do ceará, pela Academia de Letras Municipais do Ceará - ALMECE e através de riscos e rabiscos como ele assim chama suas criações, mostra por toda parte que passa o valor de ser um ilustre e desconhecido poeta aracatiense, o qual mesmo distante de sua terra exalta através de seus versos, a riqueza cultural de seu berço natal “Aracati-Ce”. Em junho de 2011, foi nomeado Juiz de Paz, titular da comarca da Mata Fresca, distrito da mesma cidade.








2. EXPERIÊNCIAS ESTÉTICAS E ATIVIDADES EM ARTES LITERÁRIAS
           Para este singelo poeta,  poesias, trovas, contos e acrósticos, tem um significado muito especial e se expressa assim:


“A grande explicação é que em mim vem do sangue; faço como bebo água, sinto paladar”. Além de Tautograma, improviso trovas, contos e outros correlatos do gênero romântico.

Veja também algumas de suas poesias, trovas  e acrósticos as quais despertam os sentimentos mais profundos nas pessoas:
2.1 – TAUTOGRAMA  (Poesia escrita com a mesma letra sem a presença de artigos)

                                      SUADO  SONHO
                                                         José Maria de Oliveira

Sentado sozinho, sonhava ser seu,
Sentia saudade, seu sussurrar suplicante,
Seu suor subindo sobre seu semblante singelo
Salpicando sem se sustentar;
Sorrindo sereno, sem sabor, só solidão...
Sozinho sofria, sonhava suado,
“Sonhava ser seu”.
2.2 -  POESIA

                                      Ó SOL


Ó sol de brilho natural
Que ilumina os rios nos verões,
Nunca se esqueças de passar bem num cantinho
Onde mora a minha amiga.
Dela nem preciso falar-te:
– Se parece contigo,
Por onde passa tudo se ilumina
Encanta com a sua beleza;
A sua delicadeza é o seu retrato;
Para mim, ela é tudo;
E sei, ó sol, que já sabes
Quem ela é.
Por isso abre precedente
                                      E continua iluminando os seus passos.

 

VEM, MENININHA


Vem menininha,
Vem ficar perto de mim... Vem, vem
Para alegrar o meu doce coração,
És realeza em forma de amor, que ilumina,
Que idolatra e balança o meu “eu”, refeito.
És, na verdade, a rainha das minhas emoções.
Que alfineta minha geografia em geral, espetando,
Eu me lembro do teu rosto aveludado, macio, aí
Fico vagando nas estradas das paixões;
Tu minha querida
São as letras das minhas mais belas canções.




                                     TELEPATIA

Se sentires vontade de me ver,
Coloca-me no teu pensamento,
Use a telepatia,
Visualize o meu rosto,
Faça seu pedido ao cosmos,
Ele lhe atenderá, feche os olhos e
Imagine me ver
Tomando banho de mar;
Se transporte para lá.
Na imaginação, entre na água,
Vá nadando ao meu encontro,
Jogue de novo a mensagem telepática,
Se eu estiver receptivo, a
Receberei  e já começo a te esperar,
Tudo vai  favorecer,
Quando estiveres já bem perto de mim,
Pare:  - não nade mais... espere:
Pois onde eu estiver,
Já sei que vais ao meu encontro,
Feliz, volto nadando, para te encontrar.


2.3 – TROVA (verso feito com sete sílabas, sendo primeira com terceira e segunda com quarta, metrificada).
                                      ARACATI (trova)

Aracati tem recantos
De belezas naturais
Morros e muitos encantos
Praias belas e coqueirais.







3.4 – ACRÓSTICO  (Verso feito com as primeiras letras de um nome ou outros).

JOÃO ALFREDO (ACRÓSTICO)

Já vivido momentos de glória
O irmão, o amigo leal
Aventado de grandes histórias
Onde pisa o caminho  refaz.

A tua alma respira alegria
Ligando a beleza  ao pendor
Fortaleza de vasta grandeza
Recheado de paz e esplendor;
És simbolismo da verdadeira amizade
Da pureza e do lindo candor
O amigo de todas as horas, a beleza, o encanto, o amor.

 


 

 

 

 

                                    





3. PRODUÇÃO SIMPLES DE ALGUNS OBJETOS ARTÍSTICOS
Assim como na poesia José Maria também esculpiu objetos (em madeira, barro ou de outros materiais) desde a terna idade para satisfazer seus desejos de ter um brinquedo ou mesmo para agradar suas irmãs e primos (as) que naquela época não dispunham de recursos para adquiri-los, de sua criatividade pueril surgiam petecas, cavalos de talo, carrinhos de lata e de madeira, panelas de barro, baladeiras, bolotas de barro para as serem jogadas pelas mesmas, pião, joão galamarte (um tronco de pau enterrado no chão e uma tábua centrada nele para as crianças/adultos rodarem). Hoje já com os dons que Deus lhe deu um pouco mais aprimorado pelo tempo ou mesmo através da ajuda de amigos como o artista plástico Helio Santos, que lhe ensinou a fazer as fachadas das casas da rua histórica de sua cidade natal Aracati com tanto esmero, amor e carinho, transmitindo através desta arte sua paixão que nasce e transborda da sua alma por esta terra tão querida.                            

3.1 – ATIVIDADES LÚDICAS (Só exemplo de que seja este trabalho de arte tão belo).

        
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/aa/Modernpeteca.jpg                     http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTCzDVKB0lmS_ymV5m-ndTJv759SZLy5H2cyd3TKPLl7eOHPDhVdw
Figura 1. Peteca.                                  Figura 2. Cavalo de talo
(Google imagens acesso em 18 de fevereiro de 2012).






4. JOSÉ MARIA IDENTIFICA SUA ARTE COM A ARTE DO POETA MÁRIO DE ANDRADE


Dentre tantos outros pesquisados a arte deste poeta é inspirada ou mesmo identificada com o poeta Mário de Andrade, pois com a leitura das poesias aprendeu a gostar do posicionamento e do pensamento dele, principalmente da forma de como se expressava na poesia; solta, informal e majestosa. Levando o leitor a flutuar em sua imaginação, deslumbrando-o com seus singelos versos.
Assim José Maria gosta de fazer sua poesia informal, livre, singela e acessível a todos os públicos, transmitindo as pessoas amor, paixão, amizade e até mesmo medo e solidão. Pois a poesia não é só alegria existem também outras vias que nos levam ao mais sombrio recanto da alma humana. E o poeta é apenas o instrumento da transmissão destes.



9.2  OBJETIVOS DO MEMORIAL E ELABORAÇÃO DO PROJETO

1.      Despertar e resgatar a cultura das atividades culturais da região, interesses criativos, através das leituras.
2.      Possibilitar a vivência de emoções, o exercício da fantasia e da imaginação;
3.      Aproximar os alunos dos modos, textos, e os tornar familiares
4.      Condição para a leitura fluente e para a produção de textos e outros;
5.      Possibilitar produções orais, escritas e em outras linguagens.