PENSAMENTOS
Não espere um sorriso para ser gentil (Fernando Albernaz)
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
FERNANDO ALBERNAZ e FR. VITAL
FERNANDO ALBERNAZ e FR. VITAL
Duas figuraS IMPOLUTAS, de uma simplicidade e sabedoria desejável. Esses são meus amigos queridos.
Duas figuraS IMPOLUTAS, de uma simplicidade e sabedoria desejável. Esses são meus amigos queridos.
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
LEMBRANÇAS
LEMBRANÇAS
José Maria lembrou e ao mesmo tempo
voltou um pouco no tempo, contando suas lembranças e bravuras de infância:
Quando garoto em
Barreira dos Vianas, JOSÉ MARIA DE OLIVEIRA, filho de GENÉIO ANDRÉ DE OLIVEIRA
e CLOTILDE OLIVEIRA DOS SANTOS, de origem simples, ajudava seus pais nas
prendas domésticas, além de pastorear os rebanhos de gado, ovelhas e
cabras.
Sua família toda era composta por sete pessoas, seus pais e mais cinco
filhos, sendo ele, filho único de homens, o restante eram mulheres. Fazia de
tudo, mandados, compras e quando podia, ajudava seu pai na agricultura,
principalmente no plantio de feijão, algodão, batatas, melancia, milho, mandioca,
capim e outros. Tinha moleza para estes
tipos de ofícios, não fazia com tanta frequência, para isso, seu pai o poupava,
pois queria mesmo era que ele estudasse, chegando a vender uma vez, um “boi”
para saudar o ano todo de colégio, no COLÉGIO MARISTA DE ARACATI.
Recorda com alegria,
das debulhas de feijão, uma grande lona estirada no chão, e muitos convidados da região para este evento, o que
mais alegrava neste acontecimento, era a sua irmã mais velha, num canto do
salão, sentada numa cadeira, lendo romances de cordel, até terminarem a
debulha.
Rememora de um dia, que seu pai tinha colocado várias pessoas para
plantar feijão num arisco, como tradição, às dez horas da manhã, todos paravam
e iam comer um sonhim, “rapadura com farinha”, era muito bom. Naquele dia,
experimentou pela primeira vez na vida, apanhar uma enxada para capinar, no
primeiro arrasto, cortou o dedo do pé, foi a primeira e última vez que fez
isso. Uma coisa ruim que proporcionou outra boa.
Conforme o mesmo, brincava de tudo, o lúdico predominava, e de forma
prazerosa, confeccionava seus próprios
brinquedos: - cavalos de talo, carros de
madeira e latas; - piões, arraias, cata-ventos, canelas de pau, petecas, canoas
de latas, e os pendões das carnaúbas também serviam de carros para corridas nas
veredas estreitas entre os carnaubais e plantas rasteiras, era uma maravilha.
Na época dos cajus, declara; - o
trabalho era pesado, a água era transportada em latas grandes, e nas costas, em
forma de boia, como era chamada. Além de colher arduamente os frutos, ainda os
rasgavam em um rasgador, prensava na prensa, e o vinho apurado, o fino, se
bebia e o grosso, era posto num grande tacho de cobre, levado a uma fornalha
para o fabrico do mel; mas de tudo isso, a melhor coisa, era esperar o almoço,
“peixe cozido” com castanha, caprichado pela mãe, e a bebida era o vinho fino
apurado do caju na prensa.
Aos domingos, depois dos
afazeres; meio dia, comida para os animais, à tarde, tomava banho em casa ou no
rio próximo, se perfumava, vestia a melhor roupa, se sentindo bonito, ia para
uma tertúlia de rádio, dançava desajeitado, pois nunca aprendeu, só tinha uma
menina que também desajeitada, dançava com ele.
Ainda adolescente, foi estudar
fora, em ITAIÇABA, depois no ARACATI, e daí ganhou confins, acordou para outra
realidade, experimentou outra forma de vida, conheceu outra gente e hoje está
aqui, quando fala, lembra-se com saudade das coisas boas que passaram para dá
lugar a outras.
SUADO SONHO
SUADO SONHO
Sentado sozinho, sonhava ser seu,
Sentia saudade, seu sussurrar suplicante,
Seu suor subindo sobre seu semblante singelo
Salpicando sem se sustentar;
Sorrindo sereno, sem sabor, só solidão...
Sozinho sofria, sonhava suado,
“Sonhava ser seu”.
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