CONTRADIÇÃO
Na incerteza de uma certeza vivo; sou estranho, espécie de coisa rara, que me faz sentir até muito importante.
Rara também, porque vivo preso sem saber porque;
Sou misterioso e gosto dos meus mistérios;
Sou o que muitas vezes não gosto,
Sou eu, mais em certos momentos, não sei se sou.
Habito neste planeta a devanear, mundo que me deixei prender, prender com tanta garra, que muitas vezes movido pelo medo, sempre escolhi permanecer no mesmo lugar, por me achar seguro no invólucro onde imaginei ficar.
Lá eu me solto, a saída é difícil, somente eu sei onde ela está. Me alimento das fantasias do amor, do desejo e da ilusão.
Existem momentos memoráveis e complexos: O letargo, é uma constante, tanto que não preciso balbuciar as palavras que ensaio para falar.
Cobiço articular tudo que sinto ou gosto, como: - “gritar o amor numa cantiga que só o meu coração sabe ditar”.
Adoraria me libertar, despertar e gritar aos quatro cantos, o que nunca pude fazer antes:
...Sou eu!
Sem mais incerteza;
Sem mais estranheza;
Sem mais mistérios;
Sem mais fantasias...
...Sou eu, sou vida, sou liberdade!
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