segunda-feira, 27 de setembro de 2010

MINHA VIDA JÁ EM FORTALEZA (CONTINUAÇÃO)

  • Na casa Juvenal Galeno, escrevi a minha primeira poesia e esta quando eu achava que tinha feito bonitas letras, um colega de trabalho ao lê, fez um comentário que me deixou sem teto; "não tem métrica", fiquei calado e deixei o tempo passar sem mais mostrar para ninguém.
  • Morando na Jacarecanga e na época (1978) o grande escritor Jáder de Carvalho morava na Rua Agapito dos Santos e eu costumava frequentar a casa dele, era amigo de uma pessoa da família, arrisquei mostrar a poesia. O medo corria nas veias, pois ele era um escritor famoso da terra e qualquer comentário dele, seria uma consagração ou o fim de um sonho: "parar" de escrever poesias.  
  • Pegou o papel cuidadosamente, olhou e leu de cabeça baixa, sério, falou: foi você mesmo que escreveu? Falei timidamente que sim e comentei o que o meu colega havia falado a respeito; olhou-me, sorriu e falou: No dia que alguém escrever com métrica, escreve sem a essencia que sai do coração e você escreveu sem métrica, escreveu com o coração e é assim que tem que ser, esta poesia está muito bonita e bem feita, diga para este seu colega que ele não entende nada de poesia. Siga em frente.


A POESIA

SAUDADE

Quando eu for apenas saudade
Quando eu for apenas desejo
Sonhe dormindo em meus braços
E sentirás o meu corpo inteiro.

É comum sentir saudade 
É comum sentir desejo
Ambos fazem parte do amor
Que nos acocha no peito.

O amor é tão bonito
Mas quanto sofremos por ele
Já quantas pessoas morreram
Sem revelarem um segredo.

Não quero te ver querida
Sendo vítima de uma ilusão
Me confias o teu segredo
E ganharás meu coração.




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